segunda-feira, 30 de julho de 2012

Igrejas da capital sofrem com assaltos e furtos a fiéis denunciam padres


Igrejas da capital sofrem com assaltos e furtos a fiéis denunciam padres

Líderes religiosos reclamam de assaltos a igrejas em Curitiba. Os bandidos, segundo os religiosos, agem a qualquer hora do dia em busca de objetos de valor das igrejas e bens dos fiéis. Em muitos casos, os responsáveis, além de apelarem aos céus por mais tranquilidade, também implantam sistemas de segurança particular para tentar coibir a ação dos assaltantes.
A Igreja de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, no bairro Alto da Glória, é um dos alvos. De acordo com o Padre Primo Aparecido Hipólito, há 15 anos no local, furtos e roubos são comuns. A igreja tem alarmes e quatro seguranças, o que não inibe a ação dos assaltantes. “Os bandidos aproveitam que as pessoas estão concentradas nas orações, entram na igreja como se fossem fiéis e furtam pertences”. Segundo o padre, o problema se estende para o entorno da igreja, que recebe, todas as quartas-feiras, cerca de 40 mil católicos na tradicional novena.
O padre conta que, no dia 1.° março deste ano, um grupo entrou na igreja e deu voz de assalto aos funcionários. Os assaltantes exigiram que salas fossem abertas para que eles procurassem dinheiro. Como os funcionários não tinham as chaves, o grupo foi embora de mãos vazias. “Mas eles ameaçaram usar até dinamite.” Doze pessoas que foram presas pela Polícia Federal em abril deste ano são suspeitas dessa tentativa de assalto.
Para aumentar a segurança na região da igreja, a prefeitura de Curitiba promete instalar câmeras de vigilância monitoradas pela Guarda Municipal. Os equipamentos serão instalados nas esquinas das ruas Amâncio Moro e Ivo Leão, no encontro das ruas Maria Clara e Amâncio Moro, Agostinho Leão Junior e Ubaldino do Amaral e na Praça Portugal. A previsão é que os equipamentos estejam em funcionamento até o mês de setembro.
No bairro Seminário, a Igreja Nossa Senhora Aparecida já foi alvo de sete assaltos, segundo o padre Pedro Renato Carlessio, que dirige a paróquia desde 1996. Ele conta que as “visitas” dos assaltantes ficaram mais frequentes nos últimos quatro anos. “Até as torneiras a gente teve que esconder para eles não roubarem”, comenta. O padre já contratou um vigia para cuidar do local durante as missas. Também instalou alarmes e cercas. “Mas os bandidos sempre encontram uma brecha”, reclama.
O último caso de roubo, no dia 17 de junho, foi interrompido pelo pároco. Às três da madrugada, dois homens entraram no terreno. O padre, que acordou com o alarme soando, levantou e viu um dos assaltantes no prédio da igreja. Chamou por socorro. Com os gritos, os ladrões fugiram e levaram apenas alimentos da cozinha. “Eu não sou o único: o bairro todo sofre com isso. Pessoas com mais idade não vêm mais às celebrações por medo de assaltos quando saem ou chegam em casa.”
A prefeitura de Curitiba informa que existe um projeto para a instalação de 450 câmeras de segurança semelhantes às que serão colocadas na região do Alto da Glória em toda a cidade. A prefeitura diz que, caso estudos do poder público apontem a necessidade de instalar câmeras próximo a algumas das igrejas, os equipamentos serão implantados.

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