quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Em comovente cerimônia, cidade para e centenas dão o último adeus André “Tiruliro”

Era uma tarde bucólica de terça feira, em pleno verão de janeiro e a natureza, ou um poder maior transformava o dia em algo diferente, que no momento não entendíamos, mas certamente não era um dia qualquer e marcou a cidade de Cornélio Procópio.
Havia uma mistura de sentimentos, vibrações, recordações e saudade que apertava no peito, além da crença que nosso amigo já não estava mais ali, havia partido sem ao menos se despedir.
André foi embora de repente e é asseverado que levou consigo toda luz de alegria que transmitia. Talvez o Criador precisasse deste brilho de amizade e carinho tão peculiar em outro lugar, pois André era realmente singular, uma pessoa “doce” e aventureira como muitos o classificavam, um jovem sem maldades.
Na verdade parecia que o universo conspirava, alguma coisa nos confortava, não sabíamos se eram as centenas de amigos que estavam ali, manifestando o real amor fraterno pelo companheiro levado pelo destino implacável, ou se era o próprio André tentando nos dizer: “não se preocupem, estou bem e agora tenho nova tarefa, irei alegrar outras almas que precisem mais de mim...”
Familiares, motoqueiros, profissionais de dezenas de áreas, pessoas comuns, companheiros de infância, colegas de trabalho, de aventuras, gente de todo tipo, clero, cor, convicção e gênero, num contexto de pluralidade de pensamentos e sentimentos  sinceros. Homens, mulheres, crianças, era inacreditável ver o número amigos que ele possuía, que estavam ali para prestarem a suas últimas homenagens.
Como uma pessoa tão jovem consegue despertar esse sentimento de amizade e respeito dentro de uma comunidade tão heterogênea com tanta facilidade? A resposta esta na imagem de André, que demostra certa inocência temperada com uma singela irreverência, a simplicidade e alegria desprovida de conceitos ou pré-conceitos, um bom humor que nos cativava e nos envolvia.
André se foi, mas o que nos consola a dor e a tristeza e saber que no curto período que esteve neste mundo, ele fez a diferença, cativou e cultivou amizade, haja visto a multidão que se aglomerava na “cerimônia do adeus”, algo realmente impressionante que ficou na história, uma ruga de decepção e saudade que agora esta marcada no rosto da cidade que perdeu uma verdadeira joia de valor humano sem preço algum, um filho querido que a deixou inconsolável.
A lembrança desta triste, porém inebriante tarde do verão de 2013 ficará cravada em nossa memória e em nossos corações, como também os momentos de felicidade que André nos proporcionou durante o pouco tempo que nos agraciou com a sua presença e só o tempo se encarregará de curar esta ferida que aflige os nossos corações, a saudade que sentimos de nosso companheiro de amizade que partiu para quem sabe, uma nova aventura...

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