segunda-feira, 30 de junho de 2014

Médico do SAMU faz desabafo sobre o número de acidentes após jogos da Copa

O médico intervencionista do SAMU, Maurício Lemos, fez um desabafo em um programa de televisão da cidade de Maringá. Falou que ninguém aguenta mais atender vítimas de acidentes embriagadas, principalmente depois de jogos do Brasil.

“Ninguém aguenta mais esse pós-jogo. Todo pós-jogo é esse inferno no Samu, bombeiro, ninguém aguenta mais. Acidentados, todos com abuso alcoólico a maioria, uma população agressiva às vezes contra as guarnições, o que é isso? Onde nós vamos parar? Não dá, tem um jogo de futebol é esse inferno. Peguem, chequem o número de ocorrências, ninguém aguenta mais isso. Situação séria. População tem que se conscientizar, gente. Parem com essa cachaçada! Ninguém aguenta mais. O Samu, bombeiro, Polícia Militar, a população de bem não aguenta mais isso. Impressionante, todo pós-jogo é a mesma coisa. Claro que tem pessoas de bem que querem fazer uma comemoração, tudo, mas ninguém aguenta mais. Então, peço encarecidamente para essas redes de tevê que estão aqui: Por favor, orientação, parem com a bebedeira. Futebol é importante, esporte é importante, mas não associado a isso. Não tem quem aguente mais esse negócio. Hoje, nesse momento, eram sete viaturas na rua por causa de comemoração de Copa e acidente. Então, não tem como. É um desabafo de uma pessoa que tem mais de 13 anos de pré-hospitalar. Eu não aguento mais isso e ninguém mais aguenta. Por favor, conscientização e comemoração sim, mas com organização e sem abuso alcoólico. Não estou dizendo aqui que as vítimas que estão nesse acidente estão com abuso alcoólico, não é essa a questão. A questão é que sempre isso está associado. Então a gente pede pelo amor de Deus para a população, que parem com isso. Comemorar sim, mas com estrutura, respeito ao próximo, cuidado pessoal, os hospitais estão lotados, o HU não tem como receber nada, socado de pacientes, tudo vítima de trauma. Essa é uma situação séria que a gente tem que levar muito em consideração e repensar as atitudes na rua”, relatou o socorrista. (Fonte: Maringá Alerta).

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