terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

Protesto em rodovias eleva preço da gasolina e afeta entrega de remédios no sudoeste do Paraná

Os protestos de caminhoneiros nas rodovias do Paraná começaram a afetar a distribuição de produtos em algumas cidades do estado. Em Pato Branco, no sudoeste do Paraná, postos de combustíveis ficaram sem gasolina na segunda-feira (23). Em alguns, que ainda tinham combustível, o litro da gasolina atingiu a casa dos R$ 5,00. Além disso, há registro de atrasos na entrega de medicamentos.

As filas nos postos de combustíveis começaram a ser formar desde o início da manhã de segunda-feira, mas a procura maior só colaborou para que o produto se esgotasse mais rapidamente. À tarde, alguns postos já não tinham mais gasolina para vender. “Às 9h da manhã tinha muita fila e logo ficamos sem gasolina comum e aditivada, só temos álcool, mas pouco e a partir de amanhã vai ficar mais complicado”, diz a gerente Grazieli Wiesenhutter. A situação de falta de combustível é similar em Francisco Beltrão e região, também no sudoeste.

A escassez do produto fez com que alguns postos elevassem o preço da gasolina e chegassem a cobrar valores abusivos. O Departamento Estadual de Proteção e Defesa do Consumidor do Paraná (Procon-PR)  da cidade registrou as reclamações. “Recebemos ligações e pedimos para as pessoas irem até o Procon com fotografias ou com notas fiscais para formalizar a reclamação. Com essas provas vamos encaminhar a denúncia ao Ministério Público”, comenta a diretora do Procon de Pato Branco, Alessandra Botelho Elias dos Santos. Segundo ela, dois postos cobraram R$ 5,00 pelo litro da gasolina e outro estava cobrando R$ 4,20.

Outro produto que começa a atrasar para chegar até o comércio local são os medicamentos. A atendente de farmácia Simone Rufatto diz que fez o pedido na sexta-feira (20) e a entrega estava prevista para o dia seguinte, mas só conseguiu receber na segunda-feira. “Por enquanto é só atraso, mas ainda está chegando”, afirma.

Porém na distribuidora o problema é mais crítico. “Estamos recebendo normalmente os medicamentos, mas paramos de enviar para o Rio Grande do Sul e Santa Catarina”, diz a nutricionista Regina Marmentine. O temor na empresa é que até as entregas sejam afetas e o prejuízo aumente. "Até agora os cliente estão entendendo, mas a paralisação só está no começo", diz.

Os protestos dos caminhoneiros começaram no dia 13 de fevereiro e se intensificaram depois do feriado de carnaval. A categoria reivindica por melhores estradas, redução do preço dos combustíveis e mudanças na tabela do frete para que seja cobrado por quilômetro rodado, não mais por viagem. Os caminhoneiros também são contra os altos preços do pedágio no Paraná e dos impostos. (Redação G1 PR / Foto: Dan Jaeger Vendruscolo)

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