sexta-feira, 29 de janeiro de 2016

Guarda municipal reclama de estrutura precária em postos de Londrina

ReproduçãoA estrutura de alguns dos postos de vigilância utilizados pelos guardas municipais de Londrina tem sido criticada por membros da corporação. Segundo as queixas, a situação é mais grave em locais afastados, como no terreno dos barracões do antigo Instituto Brasileiro do Café (IBC) na rua Horário Sabino Coimbra, na pedreira atrás do Conjunto Cafezal, na Fazenda Refúgio e no Parque Ecológico Dr. Daisaku Ikeda, na Usina Três Bocas.

De acordo com Sérgio Adriano Duenhas, na Guarda desde 2013, suas condições de trabalho no Daisaku Ikeda ficaram precárias após as chuvas que destruíram boa parte do parque no início de janeiro. "Fiquei mais de 20 dias sentindo uma insegurança muito grande porque estava trabalhando na escuridão, sem luz alguma. Também fiquei sem água, tinha apenas uma garrafa de água congelada por noite porque o pessoal das redondezas ficou sensibilizado com a minha situação. O outro guarda que deveria fazer a vigilância comigo apresentou um atestado nos primeiros dias e eu tive que ficar sozinho", detalha. Segundo ele, a energia foi restabelecida na última quarta-feira (27), mas só agora um novo agente foi designado para acompanhá-lo no turno.
No total, são uns 15 guardas que passam por situações semelhantes em outros locais. Além da falta de estrutura, alguns ficam desarmados em lugares inseguros porque o porte de arma ainda não saiu para todos", afirma. "Em alguns locais, outros funcionários da prefeitura recebem, por exemplo, adicional de insalubridade para trabalhar lá, mas nós não recebemos." 

Também em entrevista concedida ao Portal Bonde, o secretário municipal de Defesa Social e coordenador da Defesa Civil em Londrina, coronel Rubens Guimarães, admitiu que existem queixas, mas que a maior parte dos guardas não formaliza as reclamações. "Eles precisam deixar isso claro, trazer até nós, trazer à diretoria e aos supervisores, para que possamos verificar e pedir melhorias para as secretarias responsáveis pela manutenção dos locais onde ficam os postos, como as secretarias de Meio Ambiente e Obras", argumenta. 

"No caso dos adicionais, tivemos esse mesmo problema com os agentes que faziam a vigilância das unidades básicas de saúde. Não dá para simplesmente conceder o adicional, é preciso que seja feito um laudo técnico, geralmente pela Vigilância Sanitária, para que a situação de insalubridade seja confirmada", explica Guimarães. 

Segundo o chefe da Guarda Municipal, a reclamação de guardas trabalhando desarmados em postos afastados não procede. "Isto não é verdade. Qualquer situação que esteja infringindo o nosso regulamento deve ser comunicada imediatamente para que se tome uma medida de correção", diz.

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