Para justificar as prisões preventivas dos investigados, Moro disse que as medidas são necessárias, devido à longa duração do cometimento dos crimes de corrupção.
"Seria também ela [prisão] necessária para interromper a prática delitiva, o que parece ser imperativo diante da aparente habitualidade dos investigados em aceitar pagamentos subreptícios de serviços, máxime considerando que 2016 é ano eleitoral no Brasil, e é preciso prevenir que dinheiro de possível origem criminosa contamine as eleições vindouras". argumentou o juiz.
No despacho, o magistrado também disse que as investigações da Lava Jato revelam o "grau de deterioração da coisa pública". Para o juiz, a parte da investigação que mostra supostos pagamentos para parlamentares, com recursos desviados da Petrobras, compromete "qualidade de nossa democracia".
A defesa do publicitário João Santana e de sua mulher, Mônica Moura, informaram ao juiz federal Sérgio Moro que eles vão se entregar à Polícia Federal assim que desembarcarem no Brasil. Santana e a esposa tiveram prisão decretada hoje (22) na nova etapa da Operação Lava Jato, mas os mandados não foram cumpridos porque ambos estão na República Dominicana.
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