terça-feira, 29 de março de 2016

CMTU vai abrir nova licitação de táxis; medida pode baratear custo para cadeirantes

A Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização de Londrina (CMTU-LD) confirmou ao Portal Bonde que abrirá, ainda no primeiro semestre deste ano, uma nova concorrência pública com vagas para o serviço de táxis adaptado e convencional. Londrina tem apenas dois táxis adaptados para o transporte de portadores de deficiência física. O número é o mesmo desde 2011, quando foi aberta no município a primeira licitação para veículos com acessibilidade a cadeirantes. Um deles está em manutenção há cerca de um mês.

Apesar de não determinar ainda o número de vagas, a CMTU informou - por meio de sua assessoria de comunicação - que nem todas as vagas da última licitação foram preenchidas.

O município foi um dos dez primeiros do país a oferecer o serviço de táxi adaptado. Foram preenchidas duas das cinco vagas oferecidas na primeira concorrência. A última licitação aberta, tanto para adaptados quanto para carros convencionais, foi realizada em 2012, com quatro e 17 vagas, respectivamente. Naquela ocasião, nenhuma das autorizações para táxis com acessibilidade foi firmada.

"Abriram vaga, mas, depois que os taxistas viram o preço do carro, desistiram. Para trabalhar com táxi adaptado temos que investir três vezes mais do que nos carros comuns. E ainda não temos o mesmo retorno porque gastamos mais tempo e combustível", explicou o taxista Dalvidi Rossi, que trabalha na cidade com um dos veículos adaptados.

Segundo Rossi, o custo aproximado de um carro com acessibilidade é de R$ 100 mil, incluindo o preço do carro (Doblo/Fiat) e as adaptações, como a instalação da plataforma para transportar os cadeirantes sem que precisem sair da cadeira, e a troca do teto, que deve ser mais alto do que o original. Além do veículo, o lance mínimo do ponto na época da licitação foi de R$ 10 mil.

Conforme o último Censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), de 2010, há cerca de 2 mil pessoas dependentes de cadeira de rodas em Londrina. Com o outro carro em manutenção devido a uma batida, o atendimento aos portadores de deficiência, que é a prioridade dos veículos com acessibilidade, ficou restrito e, segundo Rossi, tem dias em que um único carro não dá conta da demanda. O táxi que está parado aguarda o envio de peças da fábrica da Fiat, por isso não há previsão para voltar às atividades.

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