quarta-feira, 28 de setembro de 2016

Candidatos únicos a prefeito serão eleitos com apenas um voto

ReproduçãoCom a bênção do padre Pedro Speri, o candidato Leandro César de Oliveira (Leandro da Farmácia - PPS) espera ser o novo prefeito de Araruna. A cidade pacata no Centro-Oeste do Paraná fica a 20 quilômetros de Campo Mourão e tem cerca de 14 mil habitantes. Cansado da histórica rivalidade entre dois grupos políticos rivais, o padre resolveu interceder. "Foi dito a eles: a paz de Araruna está nas mãos de vocês", detalhou. Participaram do encontro o atual prefeito Fabiano Antoniassi (PMDB) e ex-gestores do município. O movimento "Avança Araruna" foi lançado no mês seguinte.

Cinco reuniões e uma consulta popular deram origem à chapa "Unidos por Araruna" que reúne 16 partidos políticos. "Não lançamos uma candidatura única, mas uma candidatura de consenso", alegou o padre. Aproximadamente, 20 pessoas participam do movimento popular liderado pela paróquia. A intenção é fiscalizar os quatro anos da administração com o acompanhamento das licitações, contratações, obras e da atuação dos vereadores.

Sem a disputa, a calmaria tomou conta da cidade. "Quem vivia da politicagem está esperneando porque a teta da vaca secou. Acabou com aquele monte de gente que vivia pedindo coisas para os políticos em troca de voto. Não tem som de rua, não tem poluição com placas e temos até que lembrar o povo que vai ter eleição. A paz está na cidade", comemorou.

Para o professor de Ética e Filosofia Política da Universidade Estadual de Londrina (UEL), Clodomiro Bannwart, a existência de um único candidato "sufoca a democracia". "A falta do debate de ideias e de propostas empobrece o processo eleitoral", alertou. Já para o padre de Araruna, Pedro Speri, o termo democracia ganhou outro significado. "Democracia não é ter um monte de gente para escolher. Democracia é a visão do que é o melhor para o município. Fere-se a democracia governando mal e não na hora do voto", defendeu.

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