terça-feira, 27 de dezembro de 2016

FUTURO INCERTO Reformas, corrupção e Trump são desafios em 2017

"Estamos no ano que não acaba nunca". A frase do economista José Roberto Mendonça de Barros e resume o sentimento do brasileiro. O ano de 2016 concentrou tantas reviravoltas no Brasil e no mundo, que exauriu a capacidade de assimilação até dos pensadores mais afiados.

Na largada prometia ser o ano da virada, mas termina na maior recessão da história. Foi o ano de salto nos pedidos de recuperação judiciais entre empresas e de acelerado empobrecimento das família. As vendas despencaram. O número de desempregados é inédito: 18 milhões, somando esperançosos de encontrar uma vaga e desalentados que desistiram dela.

Na esfera política, foi o ano do segundo processo de impedimento desde a redemocratização. Denúncias que colocaram nomes importantes da política em cheque. O atual presidente e ex presidentes comprometidos. Como quem deve trocar pneu furado com o carro andando, a nova equipe econômica tenta, no meio da crise, deter o déficit nas contas da União, estancar o avanço da calamidade financeira nos Estados e a explosão da dívida pública.
Foi também uma fase de estonteantes denúncias. Na franja mais promíscua entre público e privado, a Operação Lava Jato encerrou o seu terceiro ano com 120 condenações. Em breve se torna pública e oficial a "delação do fim do mundo", que levou o grupo Odebrecht a assumir a maior multa da história por pagamento de propinas. Já se sabe que suas 77 delações mancham o governo e o Congresso - os mesmos entes que devem levar adiante o duro ajuste fiscal e reformas polêmicas. 

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