quinta-feira, 15 de junho de 2017

SE BEBER, NÃO DIRIJA' Vereadores querem obrigar bares a ostentar avisos contra mistura de álcool e direção

Divulgação/CMLBares, casas de show e estabelecimentos do segmento instalados em Londrina poderão ser obrigados a expor, em locais visíveis, orientações sobre o risco da combinação entre álcool e direção. A conscientização seria resumida na frase: "Se for beber, não dirija. Se for dirigir, não beba". O projeto foi protocolado na Câmara Municipal pelos vereadores Mario Takahashi (PV) e Felipe Prochet (PSD).

Ainda segundo a proposta, quem descumprir a determinação estará sujeito às seguintes sanções: correção por escrito para sanar a irregularidade em até 10 dias úteis, multa de R$ 100, que pode ser dobrada em casos de reincidência, e aumento para R$ 400 até que o aviso seja colocado. Segundo Takahashi, o projeto é uma oportunidade para fomentar a criatividade. "Não há uma regra para estampar a advertência. Pode ser em telões ou até mesmo pelo sistema de áudio, mas sempre perto de onde as bebidas são consumidas."

Para o presidente da Câmara, a intenção é "estabelecer uma parceria para diminuir, ou pelo menos tentar, o número de acidentes". Takahashi adiantou que, junto com Prochet, teve a cautela "para não exigir nenhum gasto exorbitante para o proprietário". "O único objetivo é incentivá-lo a abraçar a causa."

Para o presidente da Associação Brasileira de Bares e Casas Noturnas (Abrabar) do Paraná, Fábio Aguayo, a iniciativa é "desnecessária" e o debate precisa ser ampliado. "A combinação de álcool e direção, infelizmente, não está restrita apenas aos estabelecimentos comerciais. Muitas festas que ocorrem em residências ou chácaras não serão atingidas pela lei. Somos a favor de qualquer medida para combater esse mal, mas, caso seja aprovada, a lei vai onerar o empresário e provocar poluição visual", avaliou.

Conforme Aguayo, "só a instalação de placas não adianta". Ele defende a intensificação da fiscalização por meio mais blitze. "O que resolve efetivamente é a fiscalização", concluiu.
Rafael Machado - Redação Bonde

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