sexta-feira, 28 de julho de 2017

Colar que 'conecta' vacas à internet melhora produção de leite na região dos Campos Gerais do Paraná

O colar, instalado no pescoço da vaca, a acompanha 24 horas por dia. (Foto: Castrolanda Cooperativa Agroindustrial/Arquivo pessoal)Pecuaristas da região dos Campos Gerais do Paraná têm investido, cada vez mais, em tecnologia. Em Castro, na  Cooperativa Agroindustrial, o Colar de Monitoramento Animal vem ajudando o rebanho a produzir mais e com uma qualidade melhor.
O colar, instalado no pescoço da vaca, a acompanha 24 horas por dia. O aparelho monitora a ruminação e consegue identificar doenças que só seriam diagnosticadas com a presença do veterinário.
"Ele monitora a atividade, a movimentação. Todo animal tem seu padrão. Quando sai do padrão, o programa avisa", esclarece o veterinário Danilo Franciso Luz.
O equipamento também identifica o período em que a vaca está no cio.
Para os produtores rurais, um dos maiores desafios é identificar quando uma vaca está no período fértil. O tempo de manifestação do cio, segundo eles, é relativamente curto: de aproximadamente seis horas, no caso de vacas de alta produção.
Há, ainda, outro detalhe: a fase fértil ocorre, geralmente, à noite, quando não tem mais ninguém na fazenda. Por isso, em Castro, os pecuaristas têm investido, cada vez mais, no colar eletrônico.
No computador, todos esses dados colhidos aparecem detalhados. Eles mostram as vacas prontas para inseminar, as prenhas ou não e as que estão no cio, além de outras informações sobre elas.
Para acessar às informações, não é necessário estar na propriedade: basta olhar pela tela do computador, do celular ou do tablet.
"Você entra no aplicativo e consegue ver as vacas que estão com a saúde ruim, as que estão no cio e a ruminação do rebanho inteiro", relata o pecuarista Robert Salomons, que monitora cerca de 300 animais da raça holandesa há dois anos.
Robert garante que a produtividade aumentou depois que investiu em tecnologia.
"Antes, a nossa taxa de detecção de cio era em torno de 50%. Hoje, é em torno de 70% a 75%. A nossa taxa de concepção, então, subiu de 30% para 40% e a de prenhez, de 18% para 20, 23%", afirma.
O pecuarista Hilton Ribeiro, da Chácara Dalmar, investiu no colar eletrônico há aproximadamente um ano, depois de conhecê-lo em viagens ao exterior. Ele foi um dos primeiros a trazer a novidade para os Campos Gerais do Paraná.
Em fevereiro deste ano, ele estava em Cascavel quando recebeu uma notificação no celular.
"Dizia que tinha baixado a média de ruminação dos animais. Liguei para a fazenda e perguntei se tinha faltado água, ventilador ou comida. Falaram que faltou um pouquinho de comida. No outro dia, vi que a produção caiu 15%", conta.
Hoje, Hilton, tem mais de 70 colares que usa de forma revezada em 100 vacas das raças holandesa e girolando.

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