sexta-feira, 11 de agosto de 2017

DISPUTA POR PASSAGEIROS Taxistas e motoristas de Uber voltam a entrar em conflito na rodoviária de Londrina

Motoristas de táxis e do aplicativo Uber voltaram a entrar em conflito na manhã desta quinta-feira (10). Há relatos de pancadaria, apesar de não haver o registro oficial pela Polícia Militar e pela Guarda Civil Municipal. Pessoas ligadas aos motoristas por aplicativos afirmam que a briga ocorreu depois de ofensas proferidas a uma associada ao Uber. Já os taxistas reclamam que os condutores do aplicativo permanecem estacionados na área reservada para eles e para embarque e desembarque de passageiros.

O conflito teria começado quando uma motorista foi ofendida pelos taxistas na rodoviária. Na versão dos taxistas, ela teria chamado o marido dela, que teria agredido um taxista com uma cabeçada, iniciando uma briga. Os motoristas do aplicativo, então, teriam saído e, mais tarde, outra briga teria começado e até um Gol ligado ao Uber foi danificado. No dia 28 de junho, um caso semelhante já foi registrado.

Segundo a GCM, a primeira solicitação de apoio ocorreu por volta das 6h, quando uma viatura foi encaminhada para o local. Entretanto, ao chegar na rodoviária, já não havia mais motoristas do Uber. O segundo chamado ocorreu por volta das 8h, quando dois carros da GCM foram encaminhados duas equipes. Novamente, não havia motoristas do Uber e, por isso, não houve registro em relação à agressão.



A Polícia Militar também confirma que foi acionada, mas não encontrou a situação descrita – o caso foi registrado como fato não constatado. Procurada, a Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização (CMTU) disse desconhecer o caso.

O presidente do Sindicato dos Taxistas de Londrina, Antônio Pereira, diz que o conflito começou porque motoristas do Uber permaneceram estacionados na rodoviária, onde há pontos de táxis cuja exploração é taxada pela administração municipal. "O motorista do aplicativo tem de ter consciência de que não existe ponto para eles fazerem corrida, eles têm de estar circulando", defende.

Para o sindicalista, o serviço por aplicativo tem de ser regulamentado, com indicação dos carros utilizados com placas e adesivos indicativos. "Achei de mau grado o vereador ter retirado a elei que ia regulamentar isso", diz Pereira, referindo-se a Rony Alves (PTB), autor do projeto de lei que regulamenta o transporte por aplicativo em Londrina. A proposta foi suspensa por tempo indeterminado a pedido dele na última quinta-feira (3).

Em nota de esclarecimento, a Uber afirma que considera inaceitável o uso de violência. "Todo cidadão tem o direito de escolher como quer se movimentar pela cidade, assim como o direito de trabalhar honestamente e gerar renda para si próprio e sua família. Orientamos os usuários e parceiros a contatar imediatamente as autoridades policiais sempre que se sentirem ameaçados. É importante também fazer um Boletim de Ocorrência para que os órgãos competentes tenham ciência do ocorrido e possam tomar as medidas cabíveis".

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