sexta-feira, 18 de agosto de 2017

Produção de suínos e de aves alavanca exportações do Paraná e contribui para balança comercial brasileira

O Paraná ocupa o segundo lugar no ranking de maiores produtores de carne suína, atrás apenas de Santa Catarina (Foto: Reprodução/RPC)A produção agropecuária do Paraná é responsável 75% das exportações do estado e, em 2016, contribuiu com 13,54% da receita dos produtos do agronegócio na balança comercial brasileira. O crescimento foi alavancado principalmente pela exportação de carne suína e da carne de frango.
No estado, a região oeste é a mais forte nestas duas modalidades, acompanhadas pelo cultivo de soja e milho e na produção leiteira, fatores fundamentais para a cadeia produtiva.
No oeste do Paraná, estão em atividade mais de 1 mil aviários (Foto: Reprodução/RPC)“Existe uma alta concentração de produtores de aves e de suínos no estado porque temos insumos, nós temos a ração, que é origem do milho e do soja. Esta agregação de valor torna o nosso produto competitivo”, explica o presidente da Federação das Indústrias do Estado Paraná (Fiep), Edson Campagnolo.
Suinocultura
O estado é o segundo maior produtor de suínos do país, atrás apenas de Santa Catarina. E, segundo o Departamento de Economia Rural (Deral), a exportação de carne suína foi a que mais cresceu no volume de exportação de carnes paranaenses no ano passado, com quase 94 mil toneladas contra 65 mil toneladas em 2015.
A receita também teve alta. O levantamento do Agrostat/Secex indicou um aumento de 33% na receita, passando de US$ 148 milhões para US$ 197 milhões no mesmo período.
O principal mercado para a carne suína brasileira continua sendo a Rússia, com 34% de participação, seguido de Hong-Kong, com 22,8%. O país também é o principal comprador do Paraná. Outro mercado importante é a China, que voltou a comprar do Brasil no ano passado e ficou com o equivalente a 12,2% do volume exportado.

Satisfação do produtor
Nas propriedades do oeste paranaense, a boa projeção no mercado externo tem incentivado o aumento da produção e deixado muitos orgulhosos. Um exemplo é o do suinocultor Flávio Back, de Santa Helena, que começou com mil e já conta com 2,5 mil animais no plantel, que deve ser ampliado nos próximos anos.
“Eu tenho uma satisfação muito grande de estar aqui, de produzir alimento, de viver na roça, viver na agricultura. Não tenho dúvida que é o melhor lugar para se viver a vida”, aponta.
“Antes eu tinha vergonha de ser suinocultora. Agora penso que se não fosse eu produzir, o que seria do povo da cidade. Hoje tenho orgulho da minha profissão”, completa a esposa, Anelda Lúcia Back.
Além da quantidade, a qualidade também é levada em conta. “Desde o dia da chegada, até o último dia, o empenho do produtor é fundamental para que se tenha um animal de qualidade e uma carne de qualidade na mesa do consumidor”, observa o técnico de terminação de animais Gilson Crumenauer.
Avicultura
A avicultura também tem papel fundamental na economia do estado e representa quase 90% da exportação na cadeia de carnes. O Paraná permanece sendo o maior produtor – com 30% da produção nacional – e o maior exportador de carne de frango. O setor movimenta quase R$ 15 bilhões por ano.
Em 2016, as exportações aumentaram 4% em volume, mas tiveram queda de 2,12% na receita conforme o Agrostat/Secex e o Sindicarne-PR.
O estado exportou 1,5 milhão de toneladas de carnes de frango, contra 1,48 milhão de toneladas no ano anterior, uma alta de 4% no volume. Já a receita teve redução de 2,12%, caindo de US$ 2,36 bilhões, em 2015, para US$ 2,31 bilhões no ano passado.
No oeste do Paraná, estão em atividade mais de 1 mil aviários (Foto: Reprodução/RPC) No oeste do Paraná, estão em atividade mais de 1 mil aviários (Foto: Reprodução/RPC)
No oeste do Paraná, estão em atividade mais de 1 mil aviários (Foto: Reprodução/RPC)
Os principais destinos do frango paranaense são a Arábia Saudita, China, Emirados Árabes e Japão.
Apesar da ligeira queda no preço do produto no mercado internacional, os criadores continuam animados.
Há cerca de 15 anos na atividade, o avicultor Derivaldo dos Santos pretende aumentar ainda mais a produção. “Comecei em Santa Terezinha de Itaipu com um aviário, fui para dois e depois mudei de município, para São Miguel do Iguaçu, onde estou agora com três aviários em pleno funcionamento.”
Até o final do ano, ele pretende estar produzindo com mais quatro barracões com capacidade para 35 mil aves cada.

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