terça-feira, 19 de setembro de 2017

Roberto Teixeira deve ser ouvido por Moro em ação que envolve Lula nesta terça-feira

Advogado Roberto Teixeira é um dos réus de ação penal que envolve Lula  (Foto: Reprodução/TV Globo)O advogado Roberto Teixeira, que é réu em um processo da Operação Lava Jato que envolve o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, deve ser ouvido pelo juiz Sérgio Moro na manhã desta terça-feira (19). A audiência está marcada para começar a partir das 10h e deve ser realizada por videoconferência com São Paulo.
A ação penal acusa Teixeira de ter ajudado a intermediar um pagamento de propina da Odebrecht ao ex-presidente Lula.
Inicialmente, Teixeira seria ouvido no mesmo dia em que Lula prestou depoimento a Sérgio Moro, no mesmo processo. No entanto, o advogado foi internado no dia 5 de setembro, vítima de insuficiência cardíaca. A defesa dele protocolou um pedido ao juiz para que remarcasse a oitiva.
Depois do depoimento de Teixeira, o processo chegará à fase final. O MPF e as defesas poderão pedir as últimas diligências. Caso isso não ocorra, o juiz determinará os prazos para que as partes apresentem as alegações finais.
Em seguida, os autos voltam para Moro, que vai definir a sentença, podendo condenar ou absolver os réus. Não há prazo para que a sentença seja publicada.
Entenda a denúncia
Segundo a denúncia, a Odebrecht comprou um terreno para a construção de uma nova sede para o Instituto Lula. A empreiteira também teria comprado um apartamento vizinho ao que o ex-presidente mora, em São Bernardo do Campo. O imóvel é alugado desde 2002 e abriga, principalmente, os seguranças que fazem a escolta de Lula.
De acordo com o MPF, os dois imóveis fazem parte de um total de R$ 75 milhões em propinas que foram pagas pela Odebrecht a funcionários da Petrobras e políticos, após a empresa firmar oito contratos com a estatal. De acordo com a denúncia, a parte de Lula foi repassada com a intermediação do ex-ministro Antônio Palocci e do assessor dele, Branislav Kontic.

O imóvel que seria para o Instituto Lula fica em São Paulo, na Rua Haberbeck Brandão. O MPF afirma que o terreno foi comprado pela Odebrecht, usando o nome de outra empreiteira, a DAG. Apesar das negociações terem sido feitas e a DAG ter adquirido o imóvel, nada foi construído no local.
Já a compra do apartamento, de acordo com a denúncia, foi realizada com o auxílio de um parente do pecuarista José Carlos Bumlai. Conforme o MPF, Glaucos da Costamarques serviu de "laranja" para adquirir o imóvel para Lula, já que o apartamento era alugado desde que ele chegou à Presidência.
Ao todo, oito pessoas foram denunciadas neste processo: Lula, Palocci, Kontic, Paulo Melo, Demerval Galvão, Glaucos da Costamarques, Roberto Teixeira e Marcelo Odebrecht. A ex-primeira-dama Marisa Letícia também constava na denúncia, mas teve o nome retirado após a morte dela.
Desde que foi denunciado, Lula tem negado o recebimento de propinas e o favorecimento da Odebrecht. A defesa diz que o MPF não tem provas que sustentem a denúncia.
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