segunda-feira, 18 de dezembro de 2017

EM FLAGRANTE Homem é preso no Rio de Janeiro sacando dinheiro de vítima do falso sequestro em Londrina

Reprodução/Arquivo/AENA Polícia Civil do Rio de Janeiro prendeu na tarde desta quinta-feira (14) um homem sacando dinheiro que teria sido transferido pela professora da rede estadual de ensino do Paraná Érika Honda Minasse, vítima do golpe do falso sequestro em Londrina. Ele foi detido depois que a seção de Furtos e Roubos de Londrina conseguiu, com o circuito interno das agências, imagens de Ronaldo Gonçalves Dias, suspeito dos saques. Ele está preso.

Érika e o filho de cinco anos desapareceram na terça-feira (12) e foram encontrados na quarta (13), em um hotel em Cambé, depois que ela recebeu uma ligação dizendo que um parente estaria sequestrado – a professora temia que a filha fosse vítima do sequestro. Seguindo ordens dos golpistas, ela se desfez do aparelho celular e adquiriu outro, com o qual mantinha contato apenas com os autores do golpe, que orientavam as quantias a serem repassadas.

O delegado operacional de Furtos e Roubos, Thiago Vicentini de Oliveira, disse que, antes mesmo de encontrar a mulher e o filho desaparecidos, já havia solicitado ao Banco do Brasil imagens dos terminais eletrônicos de saques vinculados à conta da vítima. "Aí surpreendemos o Ronaldo, lá no Rio de Janeiro, realizando saques e transferências de contas que receberam depósitos da vítima." Além do dinheiro, a polícia encontrou na casa do suspeito comprovantes de depósitos feitos pela vítima e de transações das contas no Rio.

Segundo as investigações, Ronaldo é tio de Márcio Dias da Costa, que cumpre pena em um presídio do Rio de Janeiro e é suspeito de ser o autor dos telefonemas. Além disso, uma outra conta bancária, que seria da mãe de Márcio, também teria sido usada.

A Polícia Civil do Rio prendeu Ronaldo por associação criminosa e qualificou Márcio e a mãe dele. "Estamos no aguardo do entendimento do Judiciário carioca de que homologue esse flagrante. Então, as peças [do processo] virão para nós [Polícia Civil em Londrina]", diz Thiago.

Ainda de acordo com ele, os recursos que ainda se encontravam nas contas que receberam as transferências da professora foram bloqueados para ressarcimento.
Luís Fernando Wiltemburg - Redação Bonde

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